sexta-feira, 1 de maio de 2009

Carta ao “Grande molusco”

Prezado inquilino do Planalto, peço gentilmente que vossa excelência fique quieto. Se falar, por favor, fale sobre o que realmente importa.
Concordo contigo quando diz que não é crime que nossos representantes levem suas esposas (ou esposos) pra Brasília, desde que, seja com o dinheiro de seu bolso, não com o meu, não com o nosso dinheiro. Diga-me (pelo amor de Deus) se é legal utilizar os recursos disponíveis para o bom exercício do mandato como patrimônio pessoal?
É evidente que os recursos estão sendo utilizados com má fé, e vossa excelência vem me dizer que isso é normal? Tomemos como exemplo o setor privado, é muito comum vermos executivos e/ou gerentes em viagens por conta da empresa, e quando vemos seus pares juntos, na grande maioria dos casos, a conta dos(as) acompanhantes é a parte, ou seja, sai do bolso do funcionário, e outra grande parte é paga pela empresa, porém de forma ilícita (um “jeitinho” dado pelo empregado), nos restando um ínfimo numero de casos onde a empresa paga paras as(os) acompanhantes de seus funcionários.
Agora, me diga Senhor Presidente, por que nós temos que pagar para que os deputados e senadores levem seus pares para Brasília? Se quiserem levar, que paguem de seus bolsos. Já não basta ter que pagar as despesas da primeira dama?
O senhor realmente acha que nós somos palhaços, aliás, o que nos falta mesmo é sair nas ruas com nariz vermelho.
Quanta falta de respeito do representante de uma nação com o seu povo. Realmente vossa excelência ainda não entendeu o que está fazendo ai, e olha que já teve tempo pra isso. Ou será que agora que já colocou (infelizmente) o seu nome na história desta magnífica nação está dando um “dane-se, meu mandato está no fim”.
É com muita tristeza que escrevo este texto, tristeza do tamanho do espanto ao ver vossa declaração em toda a mídia.
Toma jeito, o Sr já tem mídia gratuita demais, e não precisa mais disso.

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