A crise mostra o seu lado perverso com a redução de ofertas de empregos. A indústria brasileira registra a quinta queda consecutiva. Entre os setores mais afetados vemos o têxtil, o de calçados e artigos em couros e o de madeira. Por outro lado, em caminho inverso está os de minerais não-metálicos, refino de petróleo e produção de álcool e papel gráfica. O número de horas pagas pela indústria ao trabalhador caiu 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado, a maior queda desde 2001! Para que possamos entender melhor, os indicadores negativos do emprego e do número de horas pagas em fevereiro foram diretamente influenciados por fatores relacionados à redução generalizada na atividade fabril.
Mas vejamos um lado positivo para a sociedade, e que o Estado deveria apreciar com muita atenção voltada inclusive para o futuro, é a redução ampla da carga tributária como aplicado para a indústria automotiva, materiais de construção e, quiçá, na linha branca (a redução seletiva não é uma ação justa e tampouco democrática). Como os preços dos carros caíram não? Bom para o consumidor e para a economia que vê uma esperança de manter-se crescendo. Quem não gostou muito destas ações (principalmente a redução de IPI para autos novos) foram os revendedores de semi-novos e usados, já que os preços caíram demais e suas lojas acumulam prejuízos exorbitantes, mas enfim, a politicagem deve ser exercida para todos e não para poucos. E ainda tem o lado da nossa querida mãe natureza, por que ao renovar a frota por veículos menos poluentes, reduzimos a quantidade de monóxido de carbono (e outros gases) na atmosfera.
Agora, o tradicional puxão de orelha em nosso excelentíssimo “molusco”.
É mais que evidente e digo até urgente, que devemos fazer uma ampla reforma nas relações de trabalho, mesmo que demande conflitos com os sindicatos. O País precisa de empregos, precisa manter sua economia crescendo. Não podemos deixar nosso dinheiro para de circular, isso significaria parar de crescer, parar de gerar empregos, e acima de tudo “alimentar” a pobreza. Como nação emergente e até então ganhando espaço no cenário mundial (finalmente), devemos tentar (e de todas as formas) crescer ainda mais neste período de crises. Historicamente falando, grandes nações surgiram no caminho inverso das grandes retrações mundiais, por que não podemos seguir o mesmo exemplo?
Agora recordando o artigo anterior, onde o “inquilino do Planalto” mostra-se “obsessivo” (cuidado!) para abaixar o spread bancário, necessidade longamente conhecida por qualquer pessoa (mesmo as mais leigas), por que será que ele, nosso digníssimo presidente demorou tanto para ver isso? Precisou de uma crise de proporção mundial para acordar?
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